O segundo post da série Pilates na ponta do pé conta a história de Breno Vieira, bailarino que resolveu estudar mais a fundo a relação do pilates com a dança
| Texto: Fabiana Constantino |
Valdemir Vieira, mais conhecido por todos como Breno Vieira, tem sua história construída no mundo da dança com diversas experiências ao longo dos 12 anos de atividades na área. O bailarino fez Dança Popular durante sete anos e atua na Dança de Salão há 10. Também praticou outras modalidades de dança, como balé clássico e jazz. “Tenho 27 anos e danço há 12. Desde 2004 que escolhi a dança como profissão”, relata. Atualmente, Breno é professor de dança de salão na Roberto Pereira Danças de Salão, onde realiza alguns trabalhos coreográficos pela escola e também é um dos diretores gerais da Cia. Híbridos E.C.T. (Experimentações Coreográficas Teatrais).
Além de toda essa prática na dança, Breno também está no oitavo período do Curso de Dança da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e é aí que começa a relação do bailarino com o pilates. “Iniciei a prática do Método Pilates na UFPE, em duas disciplinas ministradas por professoras que são formadas em pilates. Essas professoras trabalham o método não só como um objeto de estudo para o curso, mas como uma forma de preparação física para a prática de suas aulas também”. O interesse pelas aulas e pelo método foi tanto que Breno escolheu conhecer mais a fundo o pilates transformando o tema em seu objeto de estudo no seu Trabalho de Conclusão do Curso (TCC), orientado pela professora Juliana Siqueira.
“A ideia de falar sobre o Método Pilates em meu TCC surgiu após experiências com os diferentes Métodos de Educação Somática que são trabalhados no Curso de Dança da UFPE, dos quais, pilates é um deles. Tendo um pouco de experiência com cada um desses métodos, me identifiquei com dois deles: o Método Laban/Bartenieff e o Método Pilates. Decidi abordar apenas o Pilates, pois, em minha opinião, numa estrutura de condicionamento para uma melhoria no desempenho de dançarinos e também na prevenção de lesões, acho que o pilates se encaixa melhor”, explica Breno.
Segundo o bailarino, nos seus estudos aprofundados sobre o tema, ele foi descobrindo uma relação da dança com o pilates ainda maior do que se imaginava. Desde que Joseph Pilates abriu seu Estúdio em Nova Iorque, em um prédio cheio de artistas e próximo a vários estúdios de dança, que bailarinos renomados como George Balantine e Martha Grahan, tomaram conhecimento sobre seu Método e começaram a praticar. É aí que começa a primeira relação do pilates com a dança. Sendo difundido entre bailarinos do mundo inteiro, o método tem ajudado não só a prevenir lesões, mas, também, a conscientizar as pessoas a cuidarem mais de seus corpos, para que consigam “trabalhar” com eles por mais tempo.
Para Breno, após ter lido vários textos que falam sobre os benefícios do pilates, é possível concluir que o método melhora a postura, ajuda no controle/consciência do corpo e do movimento, e vários outros fatores primordiais para um dançarino. Atualmente, Breno está estudando o método teoricamente e praticando sozinho o que aprendeu, como experimentação pessoal. “A prática tem me ajudado muito a sempre trabalhar corpo e mente por igual, para que eu possa ter consciência de qualquer atividade que eu faça; me auxilia a sempre corrigir minha postura, principalmente quando estou em casa, relaxado; está me ajudando também a diminuir dores em algumas articulações e me dando mais coordenação motora e equilíbrio em alguns exercícios de dança”, conta. Depois de finalizar o TCC, o pilates vai continuar inserido nos seus planos para o futuro. “Pretendo fazer o curso de formação em pilates ainda no próximo ano”, revela.
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- Breno Vieira | FOTO: Acervo Pessoal
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- Breno Vieira | FOTO: Acervo Pessoal
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- Breno Vieira | FOTO: Acervo Pessoal
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- Breno Vieira | FOTO: Acervo Pessoal
1 Comentários
2014-11-03 11:52:26
Adorei a matéria e a oportunidade de contribuir com o site. Agradeço o convite da redação e espero poder contribuir mais vezes.
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