Passistas do Recife contam como manter o frevo vivo num ano sem carnaval
  • Wanderley e Bruna | FOTO: Maíra Passos
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  • Cia. de Frevo do Recife em outros carnavais
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Os bailarinos Bruna Renata e Wanderley Aires, que integram o elenco da Cia. de Frevo do Recife, conversaram com Na Ponta do PÉ sobre o desafios de “cair no passo” em tempos de pandemia

Como manter o frevo vivo num ano que não tivemos carnaval? Apesar dos desafios a mais durante a pandemia, passistas de frevo encontram um jeito para continuar dançando e compartilhando os passos do frevo. Para mostrar algumas dessas ideias, Na Ponta do PÉ conversou com os bailarinos Bruna Renata e Wanderley Aires, que fazem parte da Cia. de Frevo do Recife.

A entrevista, já disponível no nosso canal do Youtube, faz parte da nossa série sobre Dança pernambucana na pandemia. No vídeo, eles contaram sobre aulas online, lives e produções de videoclipes, uma das formam que encontraram para continuar mantendo o frevo pulsando durante a pandemia.

Segundo a passista Bruna Renata, no início da quarentena eles tentaram manter algumas atividades virtuais para integrantes do grupo. “Mas foi dando aquele desgastes. Cadê nossos ensaios e apresentações? Então, foi batendo ansiedade de poder retornar para o presencial”, lembra.

Quando houve algumas flexibilizações para utilização dos espaços públicos, no segundo semestre de 2020, a Cia. de Frevo do Recife resolveu promover aulões gratuitos, no pátio do Cais do Sertão, tanto para os integrantes da companhias como para outros interessados, seguindo os protocolos sanitários para controle da pandemia.

Bruna diz que ainda tiveram algumas apresentações particulares, cumprindo os protocolos. Mas começaram, pela primeira vez, a produzir projetos audiovisuais, voltados para a internet, que vem sendo alternativa para a arte na pandemia. “Entre eles o Brinquedo Frevo, da produtora Fervo Frevo. São videoaulas de frevo, com um total de 25 passos, disponibilizados online e de graça”.

Outra forma de promover o frevo encontrada pela companhia, foi resgatar coreografias antigas, através da produção de videoclipes. “As primeiras são com músicas de Jota Michiles, num total de seis coreografias publicadas nas nossas redes sociais”, explica a passista de frevo.

Também na internet, os passistas apostaram nas lives, como transmissão de aulas e conversas, principalmente durante a quarentena mais rígida. “A gente não poder se dedicar ao carnaval que passou foi dificil, sentimos muita falta de estar na rua. Quem trabalha com cultura já vive num constante desafio, esse só mais um que estamos superando”, finaliza.

Para o passista Wanderley Aires, quem vive do movimento popular precisa da rua e dos espaços públicos para dançar, para fazer arte. “Tudo isso é muito é angustiante . Como vai ser o mundo pós-pandemia? Será que vamos conseguir atingir o mesmo público?”, questiona.

O lado bom ele lembra que encontra na própria dança, na própria arte, como foi possível ver em alguns projetos que conseguiram realizar na pandemia, a exemplo da Ciclo Frevo, pela Cia. Lúden. “É muito gratificante ver a força e importância da nossa cultura. As pessoas agradecendo a nossa passagem pelas ruas, ‘olha o passista’, é fortalecedor”, recorda Wanderley. Contato: @ciadefrevodorecife.

A seguir, confira a entrevista, na íntegra:

Conteúdo produzido por Na Ponta do PÉ com incentivo da Lei Aldir Blanc, através Secretaria de Cultura do Governo de Pernambuco.




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Maíra Passos

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