O passo guerreiro
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  • Guerreiros do Passo / FOTO: Maíra Passos
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  • Bailarino do projeto Edson Vougue / FOTO: Arquivo pessoal
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  • Eduardo Araújo, um dos idealizadores do projeto / FOTO: Maíra Passos
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  • Guerreiros do Passo / FOTO: Maíra Passos
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Apesar da falta de incentivo e destaque além do carnaval do ritmo que é a cara de Pernambuco, o frevo consegue manter-se vivo o ano inteiro com grupo que realiza oficinas gratuitas semanalmente  

Faz ferver as ruas de Pernambuco no carnaval. Mas é além da Folia de Momo que o frevo segue inspirando novos passos de bailarinos e apaixonadas por essa dança popular. Sim, o estilo é centenário, e ganhou recentemente, em dezembro do ano passado, o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Em 2007, já havia sido reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Apesar dos títulos, o frevo só ganha destaque uma única vez ao ano e opiniões divergem quando o assunto é se o estilo ficou perdido no tempo. Mas, para mostar que ele ainda vem conquistando novos adpetos além de fevereiro, Na Ponta do PÉ foi atrás de uma turma que não perde o passo em nenhum mês do calendário.

São os Guerreiros do Passo, que promovem oficinas gratuitas de frevo e danças populares, desde 2005. Para o professor Eduardo Araújo, um dos idealizadores do projeto, já que o estilo nasceu na rua, é importante mantê-lo vivo em locais abertos. “Por isso a ideia de trazer o frevo para a praça, permitindo maior interatividade entre as pessoas”. Assim, o grupo realiza aulas abertas ao público todos os sábados, iniciando nova temporada a partir do próximo (02), das 15h às 19h, além de estrear nas quartas à noite.

Tendo os ensinamentos do mestre Nascimento do Passo como referência, Eduardo conta que o grupo preza pelo estímulo da dança improvisada, sem “robotizá-la”. “Frevo é uma dança pessoal, onde cada um coloca sua particularidade. Por isso, realizamos as ‘rodas’ durante as oficinas para cada um soltar sua inspiração e colocar sua personalidade”, esclarece. Segundo o professor, qualquer pessoa pode dançar o frevo.

“Mesmo com seus passos complexos, é importante lembrar que são centenas de passos e ninguém deve se sentir intimidado acrobacias pensando que o frevo não é para ela”, explica Eduardo. E para o bailarino e estudante de dança da UFPE Edson Vougue, que desde 2010 participa do grupo, o que mais o atrai no frevo a espontaneidade. “Acredito que ele sempre se reiventa, apesar de haver uma resitência enqaunto a isso”.

Confira o vídeo com desmosntração do professor Valdemiro Neto especialmente para Na Ponta do PÉ!

MAIS SOBRE O FREVO – De acordo com a inscrição no livro de registros do Iphan, o frevo “é uma forma de expressão musical, coreográfica e poética, enraizada no Recife e em Olinda, no estado de Pernambuco. Trata-se de um gênero musical urbano que surgiu no final do século 19, no carnaval, em um momento de transição e efervescência social como uma forma de expressão popular nessas cidades”.

Segundo o instituto, a origem do frevo é apontada no entrudo, brincadeira portuguesa trazida para o Brasil colonial, que compreendia gracejos e peças entre amigos, e o uso de limas-de-cheiro, que eram jogados por grupos ou individualmente. O estilo tem influência também da capoeira, tendo a sombrinha, como uma espécie de arma branca disfarçada. Com a evolução, acessório terminou sendo fundamental para a execução dos passos mais ousados, além de ajudar no equilíbrio.

E para você, o frevo ainda vive? Comente e compartilhe sua opinião com Na Ponta PÉ!




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Maíra Passos

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    1 Comentários

    Eduardo Araújo

    2013-02-28 12:22:04 Responder

    A nossa vida é um carnaval….

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