Hip Hop na batida do mangue
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Com origem nos EUA, a dança de rua se reinventa em PE ao incorporar passos da nossa cultura regional

O Hip Hop teve origem nas periferias dos Estados Unidos, mas é em Pernambuco que vem numa batida diferente ao incorporar passos da nossa cultura regional. Isso porque a dança de rua, em suas várias vertentes, é caracterizada pela liberdade de criação. E criatividade não falta nos dançarinos do estado, que agregam movimentos do frevo, maracatu e capoeira para inovar no ritmo da terra. Mangue Boys é um dos grupos que seguem no compasso dessa mistura, inspirados pelo movimento Mangue Beat, idealizado por Chico Science.

“A ideia do movimento era agregar valores regionais para criar uma batida diferente. Nosso grupo também se inspira na dança popular do estado para criar novos passos”, conta o fundador dos Mangue Boys, Pablo Romero Cavalcanti, conhecido como Dom Pablo, que também é coordenador da Associação Metropolitana de Hip Hop em PE (AMH²-PE). O professor de break dance Edson Alves, o b.boy Boca, faz parte desse universo há 10 anos e diz que conheceu a dança já numa dessas possibilidades de fusão de estilos.

“Um amigo me levou para uma roda de capoeira e disse para eu prestar atenção no que ele ia fazer. Imaginava qualquer coisa, menos que fosse dançar breaking na roda. A partir desse momento, bateu a vontade de dançar e aprender esse estilo tão ‘democrático’”, lembra o b.boy. Com participações em competições, Boca diz que o estilo mais difundido no estado é o break dance (ou breaking), principalmente nos último 5 anos.

Mas também há espaço para popping, que combina passos com o ritmo da música, tendo alguns movimentos parecidos aos de rôbos. O krumping, conhecido como clown dancing ou clowning (a dança do palhaço) e marcado pelo estilo livre, expressivos e o uso de pinturas faciais, além do locking, que exige muitas variações de movimentos acrobáticos, são outros estilos que fazem parte desse universo e estão presentes nas rodas de Pernambuco. Porém, é no freestyle (estilo livre) que nasce as performances mais criativas, já que é possível dialogar com o imaginário e outras danças.

Para difundir todas essas possibilidades, Pernambuco conta com alguns festivais, como o Polo Hip Hop, que acontece desde 2004 e vem neste ano (2012) com um modelo intinerante. Já passou pelas cidades de Moreno e Paulista e, no próximo mês de novembro, aporta no Recife. Segundo o organizador, Sérgio Ricardo, também diretor da AMH²-PE, diz que a ideia do projeto e da assocciação é influenciar a juventude no sentido da paz, na busca de respostas positivas à violência urbana, criando meios alternativos e estimulantes de geração de renda para eles.

“Acreditamos em um Hip Hop militante engajado nas lutas pela transformação da sociedade, trabalhando em pareceria com os que creem e persistem na luta por um mundo melhor”, explica Sérgio. O b.boy Boca, que ministrou oficina para a criaçada no Polo Hip Hop, afirma que a dança está crescendo e sofrendos mudanças. “Nós somos os responsáveis por essa transformação, como unir arte e educação através da dança de rua e lutar por uma cultura de paz desde a escola”.




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Maíra Passos

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    2 Comentários

    Sérgio Ricardo

    2012-10-05 15:51:43 Responder

    Parabéns pela iniciativa em divulgar mais uma ação no campo da dança em Pernambuco, dando destaque a um estilo popular que ta presente no universo cultural do Estado a mais de vinte e cinco anos.

    luane

    2012-10-05 17:21:40 Responder

    Massa!

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