O evento, que reúne produções estudantis de Pernambuco e São Paulo (primeira vez), acontece de 22/08 a 02/09, no Teatro Apolo (Recife)
O Festival Estudantil de Teatro e Dança (FETED), tradicional mostra estudantil de artes cênicas de Pernambuco, realiza sua 16ª edição de hoje até 02 de setembro, no Teatro Apolo, no Recife. A idealização é do produtor cultural Pedro Portugol, que mantém em cena o evento, mesmo sem incentivo financeiro público ou da iniciativa privada, neste ano.
Há 16 anos ininterruptos, a proposta do festival é revelar talentos entre estudantes da rede pública e privada de ensino, entre escolas, universidades, cursos livres e organizações não-governamentais. De caráter não competitivo, mas com possibilidade de algum trabalho ser inserido na grade do Janeiro de Grandes Espetáculos em 2019, a programação deste ano reúne produções estudantis do Recife, Olinda, Petrolina, Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima e, pela primeira vez, São Paulo.
Neste ano, o festival homenageia o jornalista e pesquisador do teatro Leidson Ferraz e o coreógrafo, ator e bailarino Black Escobar, que traz à capital pernambucana duas criações coreográficas do seu grupo no Instituto Federal de São Paulo, o IFSP.com Teatro e Dança.
A mostra coreográfica do FETD acontece nesta sexta (24/08), com coreografias de vários estilos de dança. O festival, que conta ainda com musical e peças de teatro adulto e infantil, tem o apoio do Centro de Formação das Artes Cênicas Apolo-Hermilo e do SESC Piedade.
Os ingressos custam R$ 15,00 (para cada espetáculo ou a mostra de coreografias), à venda na bilheteria do teatro. Desse valor pago, R$ 9,00 é direcionado ao próprio grupo participante, como um estímulo à produção do mesmo. Mais informações no site do festival.
SERVIÇO
16º Festival Estudantil de Teatro e Dança
Quando: de 22 agosto a 02 de setembro de 2018
Onde: Teatro Apolo, Bairro do Recife (Recife, PE)
Ingressos: R$ 15,00 (preço único promocional)
Informações: (81) 3355.3320 (Teatro Apolo)
PROGRAMAÇÃO DE DANÇA
Dia 24 de agosto (sexta-feira), às 19h, com coreografias Diversas
Folclorear (Grupo Origens, da Academia Santa Gertrudes – Olinda)
Criação e direção: Gigi Albuquerque
A Ponte (Colégio Equipe – Recife)
Criação e direção: Taynanda Carvalho e Viviane Lira
Caboclinhas (UFPE – Recife)
Direção: Arnaldo Siqueira
Estação da Luz em Uma Viagem Alegórica (IFSP.com Teatro e Dança – São Paulo)
Direção: Black Escobar
A Dança do Bumba-Meu Bumba e a Ressurreição (Grupo Artístico e Cultural Boi Ta Ta Tá – Recife)
Coreografia: Sandra Lima
Direção artística: Sandra Lima
Direção geral: Erick Pinto
uMbiT (UFPE – Recife)
Direção: Jonas Alves
Curumim Porã (Cia. de Dança e Teatro Luardat – Recife)
Criação: Claudineide Rodrigues
Direção artística: Sandra Lima
Frevo é (Faceta Cia. de Dança – Recife)
Criação e direção: Conceição Silva
Vivências (UFPE – Recife)
Criação e direção: Victor Marinho
Para A Dinian (UFPE – Recife)
Criação e direção: Dinian Calazans
A História se Repete (IFSP.com Teatro e Dança – São Paulo)
Criação e direção: Black Escobar
PROGRAMAÇÃO TEATRO
Dia 22 de agosto (quarta-feira), às 19h
O Despertar (IX Turma de Teatro da Cênicas Cia. de Repertório – Recife)
Texto: adaptação de “O Despertar da Primavera”, do alemão Frank Wedekind
Direção: Antônio Rodrigues
“O Despertar” é uma livre adaptação musical do texto “O Despertar da Primavera”, do alemão Frank Wedekind e direção de Antônio Rodrigues, com a IX Turma de Teatro da Cênicas Cia. de Repertório. São 20 atores, três músicos e mais de 50 figurinos em espetáculo musical com trilha sonora executada ao vivo. Escrita em 1.890, a peça permanece atual, pois aborda temas que até hoje estão presentes na adolescência: o florescer da sexualidade, incesto, gravidez, bullying, aborto, suicídio e a opressão, tanto no âmbito familiar como no escolar e religioso. É um texto tão poderoso que foi convertido em musical na Broadway e teve montagens realizadas no Brasil, conservando intacto seu fascínio e pertinência. Se por um lado o texto traz uma atmosfera da época, por outro as músicas contemporâneas reafirmaram a atualidade das questões essenciais trabalhadas por Wedekind na sua obra e suas relações ainda profundas com os adolescentes de hoje. As canções estão em sintonia com a narrativa, tornando-se dramaturgia, trazendo a efervescência da juventude, contribuindo para minimizar um pouco o dilacerante e claustrofóbico universo em que se debatem os personagens.
Dia 23 de agosto (quinta-feira), às 19h
A Bandeira do Soldado (Umbu-Ganzá Centro de Cidadania – Recife)
Texto: Jacimel
Direção: Ubiratan Cavalcante
Narrativa apresentada por duas personagens que trazem lembranças saudosas de entes queridos que partiram, em meio a conflitos e tumultos no cemitério, onde acontece uma greve de coveiros. É nesse contexto de encontros e conversas do cotidiano, que surgem revelações que sufocam o imaginário social, dividindo uma bandeira, que não é patriota, e sim, de uma subjetividade individual de quem partiu e deixou mágoas eternas. Deixamos em aberto esse argumento temático a ser debatido com o público. Construída a partir do olhar e dos sentimentos da personagem, permite, em determinado domínio da linguagem, certas soluções estéticas que podem ser consideradas não realistas, e que recaem por vezes sobre a poesia visual, que estimula a discussão. E nesse texto desconexo da autora, em meio a graves tumultos e aflições das perdas familiares, que nos equilibramos para mergulharmos nas questões tão contundentes quanto atuais. Absurdas são as relações sociais provocando agitações em meio a falas fragmentadas diante do sentimento. Apresentamos uma linguagem simples que possibilita aos atores extrair das palavras a sua expressão fora da palavra, de desenvolvimento no espaço de ação, às vezes dissociada de imagens, porem vibratória sobre a sensibilidade, que colocamos no jogo cênico com musicas e audiovisual.
Dia 25 de agosto (sábado), às 16h
Que Família! (Grupo Teatral Nossa Juventude/GTNJ – Recife)
Texto: Flávio Cavalcante
Direção: Josenilson Alves de Lima
É uma estória adulta passada com uma família inteiramente desajustada, cujo pai, o velho Holanda, demonstra ter muito dinheiro, mas, mão de vaca igual a ele, não pode existir outro na face da terra. Os principais filhos do velho Holanda, são: Séfora, que com seus cacoetes, está precisando urgentemente de uma vaga no hospício. É ambiciosa e já quebrou vários vidros de relógio de pulso com o queixo. Já Saulo da Brôa, marido dela, é um beberrão contumaz.
Dia 25 de agosto (sábado), às 20h
Ele, Artaud! em Reperformance (Escola Municipal de Arte João Pernambuco – Recife)
Texto: Fred Nascimento, a partir de uma livre licença poética dos escritos de Antonin Artaud
Direção: Fred Nascimento
O espetáculo performático “Ele, Artaud!”, é uma reperformance do mesmo espetáculo do Grupo Totem (1996-2000), que está comemorando 30 anos de carreira em 2018. Sua estrutura dramatúrgica foi montada a partir de uma colagem de textos do próprio Artaud, tratando de temas como o teatro, a morte, o sonho, a vida, a solidão, a prisão da alma, a loucura. Em cena, acontece uma sequência de performances, sendo uma como foco e outras simultâneas, ligadas a cada novo tema, e os corpos vão se transmutando naquele que propõe que o teatro seja um instrumento revolucionário, uma ferramenta capaz de reorganizar da existência humana. Sua cenografia consta de uma instalação altar/congá intercultural, no qual, comidas, flores e vinho, atuam como elementos aproximadores entre Dionísio e Artaud. Diversos atores e atrizes ora encarnarão Artaud ora sacerdotes/sacerdotisas de um ritual pagão.
Dia 26 de agosto (domingo), às 16h
Blecaute (Colégio São José – Abreu e Lima)
Texto: Layon Figueiroa
Direção: Anderson Pierre e Layon Figueirôa
Brucutu é uma cidade pacata, até que um protesto pelo corte do panetone da cesta de Natal causa o caos deixando todos sem energia elétrica. Agora, no escuro, memórias de um tempo não muito distante, onde as “redes sociais” não se davam através de laptops ou smartphones, começa a vir à tona.
Dia 26 de agosto (domingo), às 20h
3x Plínio Marcos (SESC Petrolina – Petrolina)
Texto: Plínio Marcos
Direção: Thom Galiano
A poética provocante do dramaturgo Plínio Marcos foi o motor desta pesquisa que mistura trechos das obras “Navalha na Carne”, “Abajur Lilás” e “Dois Perdidos Numa Noite Suja”. O resultado é um jogo cênico onde três atores se defrontam com uma variedade de personagens levados ao extremo, revelando uma humanidade bem crua.
Dia 29 de agosto (quarta-feira), às 19h
Em um Sol Amarelo
(Curso de Interpretação Para Teatro do SESC Piedade – Jaboatão dos Guararapes)
Texto: Cesar Brié
Direção: Sandra Possani
Um terremoto não é um instante. Num momento cai tudo, perde-se tudo, mas o terremoto continua no dia seguinte com seus transtornos e explorações (da imprensa, dos políticos, dos aproveitadores da gente sofrida). Mas o que um terremoto na Bolívia tem a ver com as enchentes e desabamentos causados pela chuva no Brasil? Quem são os culpados? O destino? O Governo? A natureza? Ou a falta de sorte? Nesta tragicomédia dividida em dois momentos distintos, verdades serão expostas. A obra, do escritor argentino César Brié, é inédita no Brasil.
Dia 30 de agosto (quinta-feira), às 19h
O Sol de Assis (Grupo de Teatro Anália Franco e Fraternidade Espírita Peixotinho – Recife)
Texto: Socorro Domingues
Direção: Fátima Aguiar
A montagem transita entre o drama, embates e ações reflexivas, próprias desse espírito humilde, caritativo e iluminado que, ao descer à terra, recebeu o nome de Giovanni di Pietro de Bernardone, depois conhecido como Francisco de Assis. Na peça em si, inicialmente vemos Francisco em uma masmorra, como prisioneiro que foi feito, defendendo Assis, na Batalha de Collestrada, contra a Perugia. Liberto do seu cativeiro, regressa à casa paterna, enfermo e perturbado, assaltado constantemente pelos sons de guerra que lhe atormentam a mente. Seu comportamento mais e mais se afasta dos padrões condizentes com a época e por mais que se esforce, não consegue corresponder ás expectativas do pai, que o queria à frente dos seus negócios. Para completar, uma voz inarticulada que ecoa em sua mente o convoca a uma outra forma de vida. É, pois, atendendo-a, que renuncia a tudo e todos tornando-se o mais pobre dos pobres. Sem nem mesmo uma roupa que lhe cobrisse o corpo pequeno e frágil, parte sozinho para a nobilitante ação a que fora destinado no planeta Terra. Pelo exemplo, inicia sua trajetória de renúncia, pobreza, caridade e amor. Como resultado das suas ações aos poucos vê surgir, nos que começam a segui-lo a Ordem dos Franciscanos. Nasce, assim, São Francisco de Assis.
Dia 31 de agosto (sexta-feira), às 19h
A Volta ao Mundo em 80 Dias (Academia Santa Gertrudes – Olinda)
Texto: Gabi Cabral, a partir de adaptação da obra de Júlio Verne
Direção: Gabi Cabral
Nossa história começa no Brasil, contaremos a vocês a jornada do excêntrico Josué, cavalheiro que levava uma vida sem graça, rotineira e pontual, porém um dia, foi desafiado a dar uma volta por todo o mundo em 80 dias. Partiu carregando seu fiel mordomo, Alfredo. Neste universo totalmente desconhecido, o que será que ele vai encontrar por lá? Será que Josué ganhará aposta?
Dia 01 de setembro (sábado), às 16h
Hiato (Universidade Federal de Pernambuco – Recife)
Texto e direção: Danilo Ribeiro dos Santos
É sobre o tempo, sobre o silêncio, sobre papéis e canetas que tentam dizer algo. É sobre apagar todas as luzes e ir para o quarto ouvir uma música. É sobre os nossos olhos e a distância entre eles, é sobre o azul, é sobre eu e você. Em Hiato, o ator Danilo Ribeiro se divide em três personagens. Um autor, a sua consciência e uma personagem de cabelos azuis. Na trama um autor é perseguido por sua consciência, e enquanto escreve o autor vai dando vida a uma personagem misteriosa de cabelos azuis.
Dia 01 de setembro (sábado), às 20h
Holograma da Saudade
(Fafire – Recife)
Texto: colagens de obras de Khalil Gibran, Nietzsche, Manoel Bandeira, Maria Eduarda e Hugo Severo.
Direção: Flávio Renovatto
Holograma de Saudade é uma pequena récita, que no espaço poético da representação, pretende ligar os espaços, preencher os vazios dos seres humanos. Com o auxílio da poesia, da música e da dramaticidade que estão contidas deles. Elenco: Eduarda Rocha e Hugo Severo
Dia 02 de setembro (domingo), às 16h, na rua do Apolo, em sessões curtas e contínuas
Mini Festival de Mini Criaturas Animadas (Universidade Federal de Pernambuco – Recife)
Direção: Izabel Concessa Arrais
Texto: criação Coletiva
São estas as cenas a apresentar:
1- Na lua de mel noivo assassina noiva. Espírito da noiva retorna e procura vingança.
2- Moça solitária na janela olha a vida passar. Palhaço sedutor lhe oferece uma flor, uma estrela do céu, mas nada lhe desperta interesse. Uma banda passa pelas ruas da cidade e a música tira a moça da letargia. Feliz, ela segue a banda.
3- Uma bola cai no jardim de uma casa-gaiola. Uma criança pula o muro para buscar a bola e vê outra criança brincando sozinha na casa-gaiola. A bola é devolvida pelas grades. A criança “presa” percebe, então, que ela também pode sair para fora da sua prisão.
4- Um açucareiro se apaixona por um bule de chá. O casamento não agrada ao pai da noiva, mas ele, enfim, concorda. Da união nasce um saleiro. Como lidar com uma criança diferente da família?
5- Num cabaré uma mão se transforma numa dançarina sedutora.
6- No fundo mar peixes e estrelas do mar passam em casais ou em famílias. Só uma água-viva permanece solitária. Até que ela descobre sua cara-metade.
7- Um balão no céu de Recife viaja em direção ao interior do estado. Um homem o persegue. Passam por muitas cidades. No final da viagem ele encontra sua amada.
8- Um duende se apaixona pela lua. Vai vê-la todas as noites e suspira. Até que um dia ela desce na forma de uma linda mulher.
9- Duas formigas se apaixonam e se encontram fora do formigueiro todas as noites. Até que um dia uma delas some.
10- Piolhos moram em cabeças. O que será que acontece nessas cabeças-edifícios?
11- Um nativo se apaixona por uma criatura da água. Os habitantes descobrem a criatura e a capturam. O nativo a salva. Mas ela não resiste.
Dia 02 de setembro (domingo), às 16h
Era uma vez na Terra Encantada
(Individual Model – Recife)
Texto e direção: Sílvio Romero
Comédia infanto-juvenil que retrata a vida cotidiana das princesas encantadas que estão perdidas na floresta enquanto crianças que querem ser escritoras no futuro. As princesinhas ficam surpresas ao saber que existe uma porção mágica na floresta para se tornarem adultas. Sendo assim resolvem procurar a mesma. Lá, encontram João e a Maria, deixados por seus pais, nascendo assim uma grande amizade.
Dia 02 de setembro (domingo), às 20h
Epifanias do Corpo (Escola Municipal de Arte João Pernambuco – Recife)
Texto: criação coletiva
Direção: Eduardo Bringuel e Patrícia Barreto
O corpo tem sua própria percepção e intuição. Tem reflexos e movimentações independentes da consciência. E em Epifanias do Corpo, ele ganha a liberdade da criação. Se torna o guia que expressa uma mensagem simbólica e conversa com o inconsciente, o primitivo. Essa montagem cênica é o resultado de uma construção coletiva das/dos estudantes do Curso Profissional em Teatro, da Escola Municipal de Arte João Pernambuco, a partir da obra de Clarice Lispector.
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- Musical O Despertar | FOTO: Toni Rodrigues
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- O Sol de Assis | FOTO: Júnior Fraga
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- 3x Plínio | FOTO: Karen Lima
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- Festival Estudantil de Teatro e Dança | FOTO: Divulgação
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