A mostra virtual acontece de 17 a 24 de julho, contando com produções de vários estados nordestinos
Para a dança e teatro continuarem em cena, durante a pandemia, surge mais uma mostra vistual. É o Cenas do Nordeste, que acontece de 17 a 24 de julho e vai apresetnar 19 registros audiovisuais (filmagens) de espetáculos de diversos artistas e grupos nordestinos.
Com realização da Ardume Produções, de Natal (RN), esta a primeira edição do festival, que nasce no formato online. As obras cênicas serão exibidas através da plataforma de conferências Zoom e o público poderá adquirir os ingressos através do site do Sympla.
Os ingressos avulsos custam R$ 10,00, por espetáculo. Mas haverá combos promocionais disponíveis para adquirir vários ingressos por um preço menor. Segundo a produção do evento, a ideia do evento surgiu diante da pandemia do novo coronavírus, quando os teatros se encontram fechados e a é preciso readaptação manter a cultura em cena.
“Estamos buscando meios de dar continuidade às produções e trabalhos culturais que também movimentam a economia e mantém financeiramente inúmeros trabalhadores e trabalhadoras da cultura no país, os espaços virtuais têm se mostrado como alternativas aos encontros entre público e artistas”, diz a produção do Cenas Nordeste.
A produção informa ainda que a iniciativa não conta com nenhum tipo de apoio institucional ou patrocínio, por esta razão a compra dos ingressos contribuirá com os pagamentos da equipe e de todos os artistas que compõem a programação.
“Torna-se um modo de, não somente apoiar as artes da cena nordestinas, mas também de conhecer mais o trabalho que vem sendo realizado nos estados e subverter as lógicas de eixo e hegemonias predominantes na arte brasileira, trazendo visibilidade, afirmação e diálogo para outros territórios criativos”, diz o texto enviado pela produção da mostra.
Serão 16 espetáculos para o público adulto, às 17h e 21h, além de três espetáculos destinados ao público infanto-juvenil, na Mostra Matinê, realizada às 10h. Artistas e grupos de todos os estados do Nordeste estarão presentes nesta edição: Pernambuco, Piauí, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Bahia, Maranhão e Ceará, com destaque para obras do Rio Grande do Norte, de onde surge a iniciativa.
Representando o estado de Pernambuco, teremos a obra “Por Onde Andam os Porcos” da performer, diretora e coreógra Kildery IARA; uma obra performativa que traz uma releitura da imagem do porco capitalista. Após as exibições dos registros em vídeo, o público será convidado a permanecer na sala virtual para um bate-papo com as artistas Iara e Marcela Aragão, mediado pelos artista-pesquisadores convidados Franco Fonseca (RN) e Euler Lopes (SE).
Além dos mediadores convidados, o evento conta com a produção dos artistas Diogo Spinelli, Heloísa Sousa, Thásio Igor e Pablo Vieira, que junto com Felipe Fagundes, idealizador da Ardume Produções, organizam o Cenas do Nordeste. A identidade visual e o material gráfico são assinados pela designer Gabriela Pacheco.
Cenas do Nordeste – Mostra Virtual
Quando: de 17 a 24 de julho de 2020
Ingressos: R$ 10, por espetáculo, à venda no Sympla
Informações: no Instagram @cenasdonordeste
Negreiros, da Cia. LaCasa (AL), uma obra teatral dirigida por Fátima Farias e Abides Oliveira sobre a abolição da escravatura no Brasil.
Os que vêm de longe, do Teatro Poesia (AL), conta a trajetória de cinco refugiado em um mesmo barco, compartilhando memórias, dores e esperanças.
Quaseilhas (BA), uma obra dirigida e concebida por Diego Araúja a partir de suas memórias e vivências em Alagados de Itapagipe e utilizando da literatura oral yorubana.
Ancés, de Tieta Macau (MA), é uma performance onde a artista tenta traçar a genealogia do corpo negro que dança.
Memórias de um cão, do Coletivo de Teatro Alfenim (PB), dirigido por Márcio Marciano a partir de estudos sobre a obra de Machado de Assis.
Soraia Queimada, filha da violência, do Desacerto Coletivo (PB), onde a drag queen Soraia Queimada, bicha preta e periférica, apresenta números sobre as violências do cotidiano brasileiro.
Por onde andam os porcos, digirida por Kildery IARA (PE), é uma obra performativa em dança que questiona o desempenha hiper produtivo da sociedade capitalista através de leituras de obras como A Sociedade do Cansaço de Byung Chul Han.
Dança Manifesta, da Demolition Incorporada (PI), com direção de Marcelo Evelin, a obra a partir dos escritos do coreógrafo japonês Hijikata Tatsumi e que tenta organizar uma patologia dançada pelo corpo em movimento para fora de si mesmo.
Trindade, Só Homens Cia. Dança (PI), uma obra que apresenta três entidade: a drag, o cavalo e o xaile; as descoberta e fracassos desses corpos a partir dos fados portugueses.
Provisório, do Grupo de Teatro Interferências (RN), com dramaturgia e direção de Thayanne Percilla, onde três personagens vivem relações familiares conturbadas.
Chico Jararaca, da Cia. Trapiá (RN), apresenta a história dessa figura nascida no Seridó potiguar e que foi cangaceiro do bando de Antônio Silvino.
Instruções para Abraçar o Ar, com direção de Diogo Spinelli (RN), a partir do texto de Arístides Vargas sobre a ditadura militar argentina.
A Tragédia Mais Insignificante do Mundo, do Teatro das Cabras (RN), obra teatral escrita pela dramaturga Fernanda Cunha onde uma perita criminal tenta desvendar o assassinato de três cabras.
Lá do Interior, Coletivo de Atores Ô de Casa Ô de Fora (RN), um espetáculo teatral que segue o encadeamento do amanhecer até o anoitecer de um cotidiano do interior do Rio Grande do Norte.
Piedade, a seu dispô, da Dicuri Produções (SE), com a atriz Isabel Santos e dramaturgia de Euler Lopes, a obra investiga as condições de miserabilidade de certas camadas da sociedade brasileira.
Respire – Manifesta, do Grupo Caixa Cênica (SE), uma instalação-vivência cênica com uma dramaturgia expandida composta por palavras, sons, cheiros, movimentos e corpos políticos dançantes.
O Sr. Ventilador, do Grupo Bagaceira (CE), uma peça que mostra a divertida relação entre um gerente de escritório e seu funcionário mais antigo e grande amigo o Sr. Ventilador.
Pinóquio & Gepeto ao sabor do vento, do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes (PI), um espetáculo para todas as idades a partir de um dos maiores clássicos da literatura mundial.
Sal, Menino Mar, do Grupo de Teatro Facetas, Mutretas e Outras Histórias (RN), contando a história de Sal, uma criança que ama o mar e precisa atender o pedido de ajuda de uma concha para salvar os seres marinhos.
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