Com vasta experiência na dança em Pernambuco, Márcio Filho conquista espaço em uma das grandes companhias do país
Os bailarinos pernambucanos estão cada vez mais conquistando espaço e se destacando Brasil afora. O recifense Márcio Filho é um deles. O bailarino foi selecionado para integrar o Balé Teatro Guaíra, uma das grandes companhias do país. A oportunidade de integrar o balé, em Curitiba, surgiu através de uma reativação da companhia.
“O Balé Teatro Guaíra (BTG) é uma das companhias que eu pesquisei por um tempo como uma possibilidade de trabalho e fui me preparando para visitar e fazer audição, assim que tivesse oportunidade. O BTG sofreu um corte drástico no início deste ano, todos os bailarinos foram demitidos e agora, após muita militância, luta dos bailarinos e afins, a companhia foi reativada em outro formato de gerência. Todos, mesmo os ex-bailarinos, tiveram de realizar a audição para integrar a companhia”, relata Márcio.
O teste foi composto de quatro fases: balé, contemporâneo, repertório coreográfico específico e por último improvisação, respectivamente. Foram escolhidos 12 homens e 11 mulheres.
Para Márcio Filho, essa conquista representa uma grande vitória na carreira e traz várias transformações na sua vida. “É o início da realização dos meus sonhos e junto a isso acontecem várias mudanças como morar sozinho em outro estado e ter renda fixa trabalhando em algo que eu me dediquei durante pelo menos 10 anos”.
O bailarino conta que o Guaíra é uma companhia de nome no país e que tem uma história sólida. “E eu sou grato a muita gente por não ter desistido de mim enquanto isto não acontecia. Já comecei os trabalhos na companhia e, com pouco tempo, já estou aprendendo muito. Sei que ainda tem muito chão, aliás, linóleo pela frente”, afirma.
Formado em Licenciatura em Educação Física na Universidade de Pernambuco (UPE), formação em Pilates Clássico pelo Pilates Zone, no Recife, além de formação em balé clássico, dança contemporânea, dança popular, afro e interpretação, Márcio Filho já passou por várias companhias na carreira, como a Escola de Frevo do Recife, Ballet Mariza Queiroga, Núcleo de Formação em Dança do Grupo Experimental, Ballet Cláudia São Bento, Cia. dos Homens, Ballet Gonzalez e Studio de Danças do Recife.
Com vasta experiência na dança em Pernambuco, Márcio Filho conta como vê o cenário local. “Pernambuco é muito rico culturalmente falando, é de onde eu bebo muito para me tornar o artista que eu imagino que sou, ou quero me tornar. Muito fértil em vários âmbitos como cinema, dança, teatro, música, poesia, literatura”.
“Acontece que a gente já está meio saturado de lutar tanto e não poder ter um trabalho contínuo. Alguém vai para o ensino médio sem passar pelo fundamental? Para a pós sem o curso superior? Não. Em arte isso não acontece, a gente não dá mais passos a frente porque os trabalhos, os processos são interrompidos. Isto é triste, mas uma hora muda”, analisa.
E falando em futuro, o bailarino recifense que vem conquistando mais um pedacinho do solo da dança brasileira tem um objetivo. “Espero poder tocar o máximo de pessoas com minha arte e mudar, pelo menos um pouco, o modo delas enxergarem o mundo. Não para melhor nem pior, apenas mudar. O que vier como consequência a gente vai pegando os sinais e seguindo”, reflete.
1 Comentários
2017-09-06 08:22:09
Marcinho é uma das jóias da coroa pernambucana.
Tem uma contribuição imensa para dar à dança brasileira.
Parabéns pela conquista, querido!
Deus abençoe tua vida e tua bela carreira.
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